" Leve é o Corpo que se solta, Livre é a Alma que se entrega ao Amor.... Segue O que se ergue no Horizonte!"

- Grande Mãe, recebida por Ísis de Sírius

30 novembro, 2011

Memórias...


 
A minha árvore diz-me que respire.
Fecho os olhos e respiro… 1, 2, 3, 4.
Respiro, e os fragmentos desenrolam-se à minha frente. Respiro e as minhas mãos tentam alcançar o coração da minha árvore.
Tantos fragmentos, que mal consigo seguir a ordem.
Tantas recordações que o meu espírito havia já esquecido. Recordações do quanto Eu amo esta terra. De como a defendi outrora, e tantas vezes, até á morte.
Vivi, amei, lutei e morri por ela.
O meu ser fundiu-se há muito tempo com esta terra, e por ela vivo e respiro. Alimento-me dela!
Tantas saudades e tantas recordações em fracções de segundos.
Como anseio voltar a casa!
Às verdejantes planícies envoltas na Bruma. Ao abrigo da densa floresta, em que se me deitasse no chão, sentiria o pulsar da Terra, o bater do coração da Mãe, o Amor e o Colo da Deusa.
Como tudo mudou!
As lágrimas amargam.
Como pudemos esquecer, depois de tantos sacrifícios?
Como pudemos acabar assim?
Como pudemos nós fazer justamente o contrário, do que nascemos para fazer?
Agora, resta muito pouco dos locais sagrados. O que era verde, tornou-se cinzento. Onde as nossas crianças corriam livremente entre os veados, temos agora estradas. Estradas, cimento... betão até perder de vista.
O meu carvalho, de pele grossa e cinzenta tem raízes fundas, muito fundas. Percorrem e alcançam todas as direcções. E enquanto tento segui-las, as recordações são avassaladoras.
(...)
Dói tanto, que as lágrimas ficam presas na garganta.
Tantas, tantas recordações… do que éramos quando o nosso corpo era uno com o nosso espírito e vivia em sintonia com o espírito da Mãe Terra.
Sentíamos, respirávamos, vivíamos por Ela.
Honrávamo-la em cada gesto!
Nada tirávamos, sem a sua bênção.
Toda a forma de vida era preciosa. Cada insecto, cada flor, cada pedra tinha o seu lugar no mundo.
E agora tudo mudou.
O ventre da Terra… revolto! Destruído! Esventrado!
Todas as formas de vida, incluindo a nossa, morrem com a terra.
Como pudemos nós desrespeitar o nosso único equilíbrio?
Respiro…
Cada golfada de ar… uma recordação!
Recordações de existências, em que a minha vida e a minha morte faziam um verdadeiro sentido.
E agora? Para onde caminho?
Já não vejo a bruma, que envolvia outrora a minha floresta.
Já não vejo o círculo de pedra, sagrado, onde tantas vezes me deitava ao Sol…  cantando honras à minha Deusa.
Para onde foi tudo?
Para onde caminho agora?
Qual é o meu sentido aqui?
Quero voltar para casa! Anseio por correr na planície.
 Abro os olhos.
 Não vejo verde, não vejo árvores!
 Só a cidade e os prédios altos que não me deixam ver o sol, enquanto as lágrimas me aquecem a cara.
Respiro… não consigo!
Já não há ar para respirar!
(Susana Duarte, em Viagens da minha Alma)


26 novembro, 2011

Os Encantos e a Doçura de Iemanjá




O Brasil é orgulhoso do grande império de suas águas. Principalmente o mar, de todas as cores, matizes e luzes é o Grande Senhor da nossa costa, que penetrando por todos os lados desse imenso país, abraça nossa terra, em enseadas, golfos e baías.


Mas apesar de sua beleza, no mar há uma força maior, uma força que impera, que reina a Senhora absoluta de todas as águas, de tudo que vive na água e possa viver. Há sim, uma força que ordena e não pede, que manda e que decide sobre o vida dos pescadores, de todos que se aventurarem a entrar em seu território e de todos aqueles que têm vistas para alcançar o verde de seu mar.


Em cada canto desses mares, nas ondas dos surfistas, nas praias, nas cabanas dos pescadores, nos altos desses montes, Ela será sempre a Grande Senhora. Ninguém pode se atrever a dizer que não é vassalo servil do grande reino de Iemanjá. Porque de fato, Iemanjá é a Rainha das águas. A tranqüilidade na superfície do mar, ou a tempestade rugindo, as ondas quebrando-se sobre as embarcações ou sobre as praias, tudo é conduzido pela sua mão suprema.
Nada se altera, nada se faz ou se transforma, sem que seja sua vontade. Iemanjá de tantos poderes, de tantos nomes e tantos filhos, sempre foi exaltada por negros e brancos e seu culto se verifica de norte a sul no Brasil.




Mitologia - Lenda(Arthur Ramos)






Com o casamento de Obatalá, o Céu, com Odudua, a Terra, que se iniciam as peripécias dos deuses africanos. Dessa união nasceram Aganju, a Terra, e Iemanjá (yeye ma ajá = mãe cujos filhos são peixes), a Água. Como em outras antigas mitologias, a terra e a água se unem. Iemanjá desposa o seu irmão Aganju e tem um filho, Orungã.


Orungã, o Édipo africano, representante de um motivo universal, apaixona-se por sua mãe, que procura fugir de seus ímpetos arrebatados. Mas Orungã não pode renunciar àquela paixão insopitável. Aproveita-se, certo dia, da ausência de Aganju, o pai, e decide-se a violentar Iemanjá. Essa foge e põe-se a correr, perseguida por Orungã. Ia esse quase alcançá-la quando Iemanjá cai no chão, de costas e morre. Imediatamente seu corpo começa a dilatar-se. Dos enormes seios brotaram duas correntes de água que se reúnem mais adiante até formar um grande lago. E do ventre desmesurado, que se rompe, nascem os seguintes deuses: Dadá, deus dos vegetais; Xango, deus do trovão; Ogum, deus do ferro e da guerra; Olokum, deus do mar; Oloxá, deusa dos lagos; Oiá, deusa do rio Niger; Oxum, deusa do rio Oxum; Obá, deusa do rio Obá; Orixá Okô, deusa da agricultura; Oxóssi, deus dos caçadores; Oké, deus dos montes; Ajê Xaluga, deus da riqueza; Xapanã (Shankpannã), deus da varíola; Orum, o Sol; Oxu, a Lua.


Os orixás que sobreviveram no Brasil foram: Obatalá (Oxalá), Iemanjá (por extensão, outras deusas-mães) e Xango (por extensão, os outros orixás fálicos).


Com Iemanjá, vieram mais dois orixás yorubanos, Oxum e Anamburucu (Nanamburucu). Em nosso país houve uma forte confluência mítica: com as Deusas-Mães, sereias do paganismo supérstite europeu, as Nossas Senhoras católicas, as iaras ameríndias.


A Lenda tem um simbolismo muito significativo, contando-nos que da reunião de Obatalá e Odudua (fundaram o Aiê, o "mundo em forma"), surgiu uma poderosa energia, ligada desde o princípio ao elemento líquido. Esse Poder ficou conhecido pelo nome de Iemanjá.


Durante os milhões de anos que se seguiram, antigas e novas divindades foram unindo-se à famosa Orixá das águas, como foi o caso de Omolu, que era filho de Nanã, mas foi criado por Iemanjá.
Antes disso, Iemanjá dedicava-se à criação de peixes e ornamentos aquáticos, vivendo em um rio que levava seu nome e banhava as terras da nação de Egbá.


Quando convocada pelos soberanos, Iemanjá foi até o rio Ogun e de lá partiu para o centro de Aiê para receber seu emblema de autoridade: o abebé (leque prateado em forma de peixe com o cabo a partir da cauda), uma insígnia real que lhe conferiu amplo poder de atuar sobre todos os rios, mares, e oceanos e também dos leitos onde as massas de águas se assentam e se acomodam.


Obatalá e Odudua, seus pais, estavam presentes no cerimonial e orgulhosos pela força e vigor da filha, ofereceram para a nova Majestade das Águas, uma jóia de significativo valor: a Lua, um corpo celeste de existência solitária que buscava companhia. Agradecida aos pais, Iemanjá nunca mais retirou de seu dedo mínimo o mágico e resplandecente adorno de quatro faces. A Lua, por sua vez, adorou a companhia real, mas continuou seu caminho, ora crescente, ora minguante..., mas sempre cheia de amor para ofertar.


A bondosa mãe Iemanjá, adorava dar presentes e ofereceu para Oiá o rio Níger com sua embocadura de nove vertentes; para Oxum, dona das minas de ouro, deu o rio Oxum; para Ogum o direito de fazer encantamentos em todas as praias, rios e lagos, apelidando-o de Ogum-Beira-mar, Ogum-Sete-ondas entre outros.


Muitos foram os lagos e rios presenteados pela Mãe Iemanjá a seus filhos, mas quanto mais ofertava, mais recebia de volta. Aqui se subtrai o ensinamento de que "é dando que se recebe".






IEMANJÁ ABRASILEIRADA






Iemanjá, a Rainha do Mar e Mãe de quase todos os Orixás, é uma Deusa abrasileirada, sendo resultado da miscigenação de elementos europeus, ameríndios e africanos.


É um mito de poder aglutinador, reforçado pelos cultos de que é objeto no candomblé, principalmente na Bahia.


É também considerada a Rainha das Bruxas e de tudo que vem do mar, assim como é protetora dos pescadores e marinheiros. Governa os poderes de regeneração e pode ser comparada à Deusa Ísis.


Os grandes seios ostentados por Iemanjá, deve-se à sua origem pela linha africana, aliás, ela já chegou ao Brasil como resultado da fusão de Kianda angolense (Deusa do Mar) e Iemanjá (Deusa dos Rios). Os cabelos longos e lisos prendem-se à sua linhagem ameríndia e é em homenagem à Iara dos tupis.


De acordo com cada região que a cultua recebe diversos nomes: Sereia do Mar, Princesa do Mar, Rainha do Mar, Inaê, Mucunã, Janaína. Sua identificação na liturgia católica é: Nossa Senhora de Candeias, Nossa Senhora dos Navegantes, Nossa Senhora da Conceição, Nossa Senhora da Piedade e Virgem Maria.


Do mesmo modo que varia seu nome, variam também suas formas de culto. A sua festa na Bahia, por exemplo é realizada no dia 2 de fevereiro, dia de Nossa Senhora das Candeias. Mas já no Rio de Janeiro é dia 31 de dezembro que se realiza suas festividades. As oferendas também diferem, mais a maioria delas consiste em pequenos presentes tais como: pentes, velas, sabonetes, espelhos, flores, etc. Na celebração do Solstício de Verão, seus filhos devotos vão às praias vestidos de branco e entregam ao mar barcos carregados de flores e presentes. Às vezes ela aceita as oferendas, mas algumas vezes manda-as de volta. Ela leva consigo para o fundo do mar todos os nossos problemas, aflições e nos trás sobre as ondas a esperança de um futuro melhor.


Como é Iemanjá?


Iemanjá apresenta-se logo com um tipo inconfundível de beleza. No seu reinado, o fascínio de sua beleza é tão grande como o seu poder. Ora é de um encanto infinito, de longos cabelos negros, de faces delicadas, olhos, nariz e boca jamais vistos, toda ela graça e beleza de mulher.


Outras vezes, Iemanjá continua bela, mas pode apresentar-se como a Iara, metade mulher, metade peixe, as sereias dos candomblés do caboclo. Como um orixá marítimo, ela é a mais prestigiosa entidade feminina dos candomblés da Bahia, recebe rituais de oferendas e grandes festas lhe são dedicadas, indo embarcações até o alto-mar para lhe atirar mimos e presentes. Protetoras das viagens e dos marinheiros, obteve o processo sincrético, passando a ser a Afrodite brasileira, padroeira dos amores, dispondo sobre uniões, casamentos e soluções amorosas. Quem vive no mar ou depende de amores é devoto de Iemanjá. Convergem para ela orações e súplicas no estilo e ritmos católicos.


Mas o que importa seus nomes, suas formas e aparência, se nada modifica a força de seu império, senão altera a grandeza do seu reinado?


Queixas são contadas a Iemanjá, esperanças dela provêm, planos e projetos de amor, de negócios, de vingança, podem ser executados caso ela venha a dar seu assentimento.
Grande foi o número de ondas que se quebrou na praia, mas maior ainda, foi o caminho percorrido pelo mito da divindade das águas. Das Sereias do Mediterrâneo, que tentaram seduzir Ulisses, às Mouras portuguesas, à Mãe D'água dos iorubanos, ao nosso primitivo Igpupiara, às Iaras, ao Boto, até Iemanjá. E, neste longo caminhar, a própria personalidade desta Deusa, ligada anteriormente à morte, apresenta-se agora como protetora dos pescadores e garantidora de boa pesca, sempre evoluindo para transformar-se na Deusa propiciadora de bom Ano Novo para os brasileiros e para todos que nesta terra de Sol e Mar habitam.


Deusa Lunar da Mudança






A Deusa Iemanjá rege a mudança rítmica de toda a vida por estar ligada diretamente ao elemento água. É Iemanjá que preside todos os rituais do nascimento e à volta as origens, que é a morte. Está ainda ligada ao movimento que caracteriza as mudanças, à expansão e o desenvolvimento.


É ela, como a Deusa Ártemis o arquétipo responsável pela identificação que as mulheres experimentam de si mesmas e que as definem individualmente.


Iemanjá quando dança, corta o ar com uma espada na mão. Esse corte é um ato psíquico que conduz a individualização, pois Iemanjá separa o que deve ser separado, deixando somente o que é necessário para que se apresente a individualidade.
Sua espada, portanto, é um símbolo de poder cortante que permite a discriminação ordenativa, mas que também pode levar ao seu abraço de sereia, à regressão e à morte.


Em sua dança, Iemanjá coloca a mão na cabeça, um ato indicativo de sua individualidade e por isso, é chamada de"Yá Ori", ou "Mãe de Cabeça". Depois ela toca a nuca com a mão esquerda e a testa com a mão direita. A nuca é símbolo do passado dos homens, ao inconsciente de onde todos nós viemos. Já a testa, está ligada ao futuro, ao consciente e a individualidade.


A dança de Iemanjá pode ser percebida como uma representação mítica da origem da humanidade, do seu passado, do seu futuro e sua individualização consciente. É essa união antagônica que nos dá o direito de vivermos o "aqui" e o "agora", pois sem "passado", não temos o "presente" e sem a continuidade do presente, não teremos "futuro". Sugere ainda, que a totalidade está na união dos opostos do consciente com o inconsciente e dos aspectos masculinos com os femininos.
Como Deusa Lunar, Iemanjá tem como principal característica a "mudança". Ela nos ensina, que para toda a mulher, o caráter cíclico da vida é a coisa mais natural, embora seja incompreendido pelo sexo masculino.


A natureza da mulher é impessoal e inerente a ela como um ser feminino e altera-se com os ciclos da lua: fase crescente, cheia, meia-fase até a lua obscura. Essas mudanças não só se refletem nas marés, mas também no ciclo mensal das mulheres, produzindo um ritmo complexo e difícil de entender. A vida física e psíquica de toda a mulher é afetada pela revolução da lua e a compreensão desse fenômeno nos propicia o conhecimento de nossa real natureza instintiva. Em poder desse conhecimento, podemos domesticar com o esforço consciente as inclinações cíclicas que operam-se a nível inconsciente e nos tornarmos não tão dependentes desses aspectos escondidos de nossa natureza semelhante aos da lua.


Arquétipo da Maternidade






Iemanjá é por excelência, arquétipo da maternidade. Casada com Oxalá, gerou quase todos os outros orixás. É tão generosa quanto as águas que representa e cobrem uma boa parte do planeta.


Iemanjá é o Útero de toda a vida, elevada à posição principal da figura materna no panteão de iorubá (Ymoja). Seu sincretismo com a Nossa Senhora e a Virgem Maria lhe conferem a supremacia hierárquica na função materna que representa. É a Deusa da compaixão, do perdão e do amor incondicional. Ela é "toda ouvidos" para escutar seus filhos e os acalenta no doce balanço de suas ondas. Ela representa as profundezas do inconsciente, o movimento rítmico, tudo que é cíclico e repetitivo. A força e a determinação são suas características básicas, assim como o seu gratuito sentimento de amizade.


Como Deusa da fecundidade, da procriação, da fertilidade e do amor, Iemanjá é normalmente representada como uma mulher gorda, baixa, com proeminentes seios e grande ventre. Pode, também como já falamos, aparecer na forma de uma sereia. Mas, não importando suas características, ela sempre se apresentará vinculada ao simbolismo da maternidade.

Iemanjá surge nas espumas das ondas do mar para nos dizer que é tempo de "entrega". Você está carregando em seus ombros um fardo mais pesado do que possa carregar?  Entrega não significa derrota. Pedir ajuda também não é humilhação, a vida tem mais significado quando compartilhamos nossos momentos com  alguém. Geralmente esta entrega ocorre em nossas vidas forçosamente. Se dá naqueles momentos em que nos encontramos no "fundo do poço", sem mais alternativas de saída, então nos viramos e entregamos "à Deus" a solução. E, é exatamente nesta hora que encontramos respostas, que de maneira geral, eram mais simples do que imaginávamos. A totalidade é alimentada quando você compreende que o único modo de passar por algumas situações é entrega-se e abrir-se para algo maior.

Quando abrimos uma brecha em nosso coração e deixamos que a Deusa atue em nós, alcançamos o que almejamos. Entrega é confiança, mas tente pelo menos uma vez entregar-se, pois lhe asseguro que a confiança virá e será tão cega e profunda quando a sua desconfiança de agora. O seu desconhecimento destes valores, escondem a presença de quem pode lhe ajudar e provocam sentimentos de ausência e distância. Não somos deuses, mas não devemos nos permitir viver à sombra deles.


Ritual de Entrega (só mulheres)


Você deve fazer este ritual numa praia, em água corrente e até visualizando um destes ambientes. Primeiro mentalmente viaje até seu útero, no momento do encontro se concentre. Respire profundamente e leve novamente sua consciência para o útero. Agora respire pela vulva. Quando se achar pronta, com o mar a sua frente, entre nele. Sinta a água acariciando seus pés, ouça o barulho das ondas no seu eterno vai-e-vem. Chame então a Iemanjá para que venha encontrá-la. Escolha um lugar onde você puder boiar tranqüilamente e com segurança. Sinta as mãos da Iemanjá acercando-se de você. Abandone-se em seu abraço, ela é mãe muito amorosa e espetacular ouvinte. Renda-se aos seus carinhos e entregue-se sem medo de ser feliz. Você está precisando revigorar sua vida amorosa, procura um emprego ou um novo amor? Faça seus pedidos e também lhe fale de todas suas angústias e aflições. Deixe que Iemanjá alivie os fardos que carrega. Ela carregará consigo para o fundo do mar todos os seus problemas e lhe trará sobre as ondas a certeza de dias melhores, portanto abandone-se à imensidão do mar e do seu amor.




Quando estiver pronta para voltar, agradeça a Iemanjá por estes doces momentos passados com ela. Então estará livre para voltar à praia, sentindo-se mais leve, viva e purificada.
Outros dados:


Saudação: Odô-fe-iaba! Odô-fe-iaba! Odô-fe-iaba!


Mineral: Prata e platina.


Dimensão Esotérica: Ocupa o primeiro raio juntamente com a orixá Nanã.


Dia da semana: Segunda-feira.


Ervas para Banho e Defumação: Jasmim, araticum-da-praia, folha-da-costa, graviola, capeba, mãe-boa, musgo marinho encontrado nas pedras marinhas, alcaparra, entre outras.


Planeta: Lua


Cor da Guia: Contas brancas cristalinas ou azul claras.


Bebidas: Água de coco, mel, água salgada ou potável, champanha e suco de suas próprias ervas e frutos.


Flores: Rosas e palmas brancas.


Comida: Canjica branca, peixe fritos, arroz, arroz-doce com mel, acaçá, pudim, etc.


Fruta: Mamão, graviola, uvas brancas, melancia.


Fonte: ROSANE VOLPATTO

21 novembro, 2011

Divino Feminino (por Gloria Amendola)




Venha A Sagrada Sophia!
Enche-nos com sua presença!
Nossos olhos estão abertos
Nossos ouvidos estão abertos para ouvir
e para receber você, venha!
Venha, queremos saber o seu mistério e sua sabedoria.



O que significa quando alguém elogia o divino feminino? Ou quando alguém diz que o divino feminino é o caminho para a cura e iluminação? Ou que o divino feminino é despertar o nosso mundo, neste momento, anunciando um retorno às freqüências mais elevadas de luz e de pensamento? É este um conceito cristão? Budista? Pagão? New Age? É ligada à religião? Ou é um conceito espiritual? Qual é a sua história e onde estão suas raízes?

 A resposta é simples. O feminino divino é a deusa que está em todas as tradições, e tem sido desde o início dos tempos. Estas tradições são uma parte, mística e mágica, poderosas da primitiva Mãe Terra. Elas simbolizam o equilíbrio e a cura, renovação e restauro.

 Sophia é uma forma muito antiga da Deusa da Sabedoria. Ela é conhecida em muitas tradições por nomes diferentes, mas ela carrega o manto da inteligência intuitiva. Às vezes ela é Isis, espalhando suas asas de ascensão. Às vezes ela é Asherah, o pão da vida original. Maria Madalena é dita ter sido uma encarnação de Sophia.

 O rei Salomão do Antigo Testamento teve um relacionamento profundo e intenso com Sophia. Ela foi reverenciada como a noiva do sábio Salomão pelo povo judeu. Na mitologia grega, Atena era a deusa da sabedoria e da tecelagem, a coruja e a oliveira eram sagrados para ela.

 O símbolo de Sophia é a pomba, descrito como o pássaro descendo dos céus, conhecida no cristianismo, como o Espírito Santo.

 Isis é a deusa egípcia da magia, da fertilidade e da maternidade. Ela passou por muitos nomes, tais como a Rainha dos Céus, Estrela do Mar, Doadora de Luz do Céu, Senhora das Colheitas Verdes, e Ela que sabe fazer o  bom uso do botão direito do Coração.

 Ela é a Grande Mãe da fertilidade, da criação, da vida e da morte. Alguns vêem a Maria, a mãe de Jesus, como uma encarnação de Isis.

 As exóticas e misteriosas Madonas Negras têm suas raízes nas tradições pré-deusa cristã. Na tradição provençal do sul, a Madona Negra é associada com Santa Sara, a padroeira dos ciganos. Muitos acreditam que os santuários europeus para a Virgem Negra tem poderes curativos especiais. Estes lugares energéticos têm frequentemente uma fonte de água sagrada e uma fundação Céltica. A Madona Negra é uma outra forma do princípio feminino.




Então, qual é o princípio feminino?

 Basta colocar, seus princípios que são os de carinho, de amor, compreensão, compaixão, percepção, intuição, criatividade, perdão, cura e sabedoria.

 Qualquer que seja sua escolha de crenças e tradições, se ela aparece para você como Ishtar ou Maria, Gaia ou Kuan Yin, como a grande Mãe Maria ou Madalena, ou como um panteão de deusas do antigo Egipto ou a Grécia ou Roma, para a África ou no Oriente Médio, para os cultos da Madona Negra, ou se ela é girada em um dos arquétipos de tribos indígenas, como a Mulher-Aranha, o divino feminino ainda é o primordial Ela que cria a partir de uma fonte central.

 As qualidades e características da deusa são tecidas a estas correntes que transcendem o tempo e o lugar. Todos os modelos da primavera do divino feminino a partir desta matriz.

 Abaixo estão as associações da matriz da essência feminina divina, de A a Z.



A é para Astarte, do útero, uma Deusa Mãe, aquela que cria;

B é para o sangue, para a vida nova que passa por seu ventre e é nascido por ele;

C é de clareza, para a Deusa que mantém o espelho de reflexão para quem procura por ela;

D é a divindade da Deusa é a forma feminina de Deus;

E é de elevação, para o divino feminino mostra-nos como levantar a nossa vibração usando a energia da kundalini, a tornar-se um com todos;

F é de perdão, perdão nos move para frente e abre os nossos corações;

G é a deusa, para que possamos continuar a repetir a palavra mais e mais até que incorporá-la em nosso vocabulário diário, reconhecendo a forma feminina da divindade;

H é para Hathor, a deusa egípcia da maternidade, beleza e alegria;

I é de Isis e Ishtar e Inanna, todas as deusas da fertilidade;

J é de Jesus, pois ele conseguiu, ele compreendeu os princípios feminino e os exaltou;

K é a bondade, a bondade restaura a esperança;

L é por amor, para o feminino divino encarna o poder do amor, especialmente no seu corpo;

M é a Maria Madalena, que ela abre a porta para os mistérios mais profundos;

N é de Nefertiti, rainha do Egipto, Senhora da felicidade, e amada esposa de Akhenaton;

O é por osmose, para quando seguimos caminhos do coração, todos em torno de nós sentimos isso;

P é para pentagrama, um antigo símbolo da deusa;

Q é para Quan Yin, a deusa asiática da compaixão e da misericórdia;

R é para Rhiannon, a deusa celta da lua;

S é a Shakti, a deusa-mãe Hindu, a fonte de todos;

T é para juntos, pois estamos todos conectados;

U é para o universo, a deusa é e sempre foi uma consciência universal;

V é de Vênus, a deusa romana do amor e da sexualidade, a mãe terra criacionais e jóia do céu;

W é a mulher selvagem que nos lembra que a liberdade é essencial;

X é a variável, o curinga, o que você precisa dele para ser;

Y é para Yemanjá, a deusa Africano e Brasileira do mar;

Z é para o zênite, para com a celebração do divino feminino, vamos subir às maiores alturas.



A Deusa é a nossa principal força da vida no planeta. Se não utilizar o amor, carinho, compreensão e bondade do divino feminino dentro de todos nós, não vamos sobreviver. Precisamos desta essência para devolver o equilíbrio ao nosso mundo, nossos corpos e nossas vidas.

Precisamos nos lembrar de seus caminhos, esses caminhos do feminino divino, para que possamos expandir nossa consciência e o foco em questões globais em disputa. Precisamos da Grande Mãe, para nos guiar e nos ensinar, para que possamos encontrar novas maneiras de resolver velhos problemas e entrar em co-existência pacífica com os outros.

A força vital do divino feminino é a centelha que nos ajudará a provocar uma profunda espiritualidade, tecnológica e de transformação biológica. Sua sustentabilidade é a nossa sobrevivência.

 --------------------------------------------------------------------------------


Gloria Amendola é uma professora psíquico intuitiva, escritora e pesquisadora. Ela tem escrito sobre metafísica, e foi entrevistada sobre Maria Madalena, o feminino divino e os sonhos - alguns de seus temas favoritos.

Gloria conduz workshops sobre a Deusa e ensina sobre os sonhos e despertar a intuição através de jornadas xamânicas. Ela viaja para locais sagrados para observar e experimentar o poder dos mitos e lendas.

 Suas peças originais foram produzidas em Nova York e Seattle. Ela está escrevendo um livro sobre suas experiências seguindo os passos do Grande Espírito no sudoeste americano e da voz da Madalena, no sul da França.



Mais informações no site de Glória em www.gloriaamendola.com.


           

As Mulheres como parteiras da Alma

"Tenho falado com mulheres que instintivamente tomaram nos braços uma pessoa a morrer. Quando lhes chamo parteiras da alma no momento de transição para a morte, cada mulher reconhece que foi exactamente isso o que sentiu. Estou convencida de que as mulheres precisam de falar às outras dessa experiência, para que nenhuma de nós fique inibida pelo medo de ser inconveniente e reprimir o impulso.
Três semanas antes da minha amiga Valerie tomar um avião para Leste e estar à cabeceira do leito no hospital, da mãe moribunda, falei-lhe em assistir ao ofício em memória da filha adulta da nossa amiga Isabel. Então esta contou como entrara na cama da filha em coma, como a abraçara durante horas até morrer, e a profunda paz que sentira através da noite e no momento da morte.
Valerie lembrou-se da história de Isabel na tarde em que foi visitar a mãe ao hospital, e, no momento em que entrou no quarto, soube - pela mudança de respiração da mãe - que estava a morrer.
Querendo ajudá-la a partir, como a mãe a tinha ajudado a vir ao mundo, entrou na cama da mãe, abraçou-a, sentindo o corpo da mãe reagir ao abraço: assim reconfortada, morreu.
(...)
Estas são experiências sacramentais, em que uma mulher age como sacerdotisa. Consoladora, Deusa Mãe, e ela mesma compartilha de um momento sagrado porque tem um corpo feminino."

(Jean Shinoda Bolen - Travessia para Avalon)

20 novembro, 2011

"Eu Sou o Mar do Espaço e a Noite principal
Eu Sou o Ventre das Trevas e da Luz.


Eu Sou o fluxo informe, o eterno descanso,
Matrix de quem todos os assuntos manifestam.


Eu Sou a Mãe Cósmica, o Abismo Supremo,
De onde a vida emerge e volta a dormir."



Marion Zimmer Bradley,
in A Senhora de Avalon

19 novembro, 2011

Eu Sou a Deusa Tríplice

Eu Sou a Donzela, para sempre Virgem,
A Noiva Sagrada.
Eu Sou todos os princípios,
Eu sou a Renovação da Alma.
Eu Sou a Verdade que não pode ser maculada,
nem comprometida.

Eu Sou a Mãe, para sempre Fértil
A Senhora da Terra.
Eu Sou o crescimento e a Força,
Alimento Todos os Seres Vivos;
Eu mudo, mas nunca morro.

Eu Sou a Anciã, a Venerável,
A Senhora da Sabedoria.
Já vi tudo, suportei tudo e dei tudo.
Eu Sou a Morte,
sem a qual nada pode ser transformado!


- Marion Zimmer Bradley, em A Senhora de Avalon

18 novembro, 2011

OM GAIA!

Esta é a Grande Mãe que nos acolhe desde o Início dos Tempos...
a Grande Mãe que nos dá a vida...
a Grande Mãe que nos empresta a cartonagem que a nossa alma veste...
a Grande Mãe que nos alimenta...
a Grande Mãe que nos protege...
... a Grande Mãe que nos dá a Sabedoria e nos permite toda a Experiência...
a Grande Mãe que nos ama, mesmo quando lhe viramos as costas...
a Grande Mãe que espera paciente, que o espírito do Homem ganhe consciência e humildade, enquanto ele insiste em fazer o papel de deus...

Ela... a Grande Mãe de Todos!
A Deusa Azul, de vestes brilhantes!
O seu espírito é Quem nos Anima a Todos... e determina as batidas do nosso coração!
Ela é Gaia... e Gaia vive em cada Um de Nós!


OM GAIA! ♥

16 novembro, 2011

Ísis de Sírius

Uma antiga representação egípcia mostra a deusa Isis com a estrela Sirius, sobre sua cabeça e segurando o cetro wadj e o ank (da dilatação e da espiritualidade da vida), precedida por Orion, que segura o cetro uas (do fluxo da seiva) , enquanto olha para trás, para Isis, e apresenta a vida com a sua mão esquerda. Atrás de Isis estão representados Júpiter, Saturno e Marte. Todos estão numa barca que desce o rio Nilo, na direção do Oriente para o Ocidente.


O que aparece na figura, é que Isis retira o seu poder de Sirius (que está representada ao lado de outra pequena estrela, indicando que os Egipcios sabiam que esta estrela tinha uma companheira menor!) e que ela a transmite a Orion que por sua vez o transmite aos "filhos do Sol".

15 novembro, 2011

A Deusa em Mim



A Deusa em Mim Conhece-me por inteiro e dá-me a Confiança Absoluta do Chão que eu piso.
Se eu tiver que tropeçar e cair, a Deusa dentro de mim, dá-me o Conhecimento de que a Aprendizagem faz parte do Caminho.
A Deusa dentro de mim acalenta o meu Espírito quando alguém parte do meu Mundo, e dá-me a Visão para que Eu veja que a Morte é a Porta e o Princípio da Vida... e não o Fim!
E se Eu tiver que chorar, a Deusa dentro de Mim dá-me a Força e a Percepção que as minhas lágrimas alimentam o solo e que as minhas dores são as de Todas as Mulheres do mundo, e não só minhas.
A Deusa dentro de Mim, aquece-me o Ventre e através dele, Ela Emerge para me mostrar o que é Trazer á Vida e o que É alimentar a Terra.
A Deusa dentro de Mim fala-me de Todos os Mistérios que perpetuam através das Eras... e que Eu e a Deusa em Mim, somos partículas de uma imensa Teia Cósmica e Terrena, que nos liga ao Grande Vazio de Tudo o que É.
Somos Tudo e não Somos Nada! ♥
Somos uma centelha do Sol, na Grande Espiral do Coração Universal.

Isis


Eu invoco os poderes da Deusa Isis, a mãe cósmica
Envolvo-me na beleza do seu manto de luz branca
Que protege meu corpo e meu espírito
... Eu me transformo num imã poderoso que atrai:
Saúde, beleza, amor, sabedoria e riquezas

Todas as pessoas
Que se aproximam de mim
Sentem meu poder e reagem com admiração
Minha vida floresce com os dons preciosos
legados pelos Poderes e proteção da Deusa Isis

Concentro-me nos poderes de Isis e tenho:
Saúde, amor, sabedoria e riquezas.

Ó Ísis! Mãe do Cosmo,
Raiz do amor, Tronco, Capulho, Folha,
Flor e semente de tudo o que existe.
A ti força da natureza conjuramos.
Chamamos a Rainha do Espaço e da Noite…
E beijando seus olhos amorosos,
Bebendo o orvalho de seus lábios,
Respirando o doce aroma de seu corpo,
Nós exclamamos: Ó, Nuit!
Tu, eterna deidade do céu,
Que és a Alma Primordial,
Que és o que já foi e o que será.

Ísis, A quem nenhum mortal levantou o véu.
Quando tu estiveres sob as estrelas irradiantes
Do noturno e profundo céu do deserto,
Com pureza de coração e na chama da serpente,
Te chamamos: RAM-IO… RAM-IO… RAM-IO…
******************************

(desconheço o autor)