" Leve é o Corpo que se solta, Livre é a Alma que se entrega ao Amor.... Segue O que se ergue no Horizonte!"

- Grande Mãe, recebida por Ísis de Sírius

02 dezembro, 2013

Os Mitos e a Integração da Mulher



O mito da sereia assemelha-se muito ao mito de Lilith como integração do aspecto mais obscuro do ser Mulher.
A Luz, a Beleza, a Candura e o Amor que passamos para fora correspondem apenas à superficialidade de sermos Mulheres, do que queremos mostrar de nós ao mundo. Mas ser Mulher na totalidade transcende estes aspectos.
O nosso lado Sombra, a nossa Face Oculta - o nosso Eu Selvagem, esse é o aspecto que corresonde a quem realmente somos. Se estivermos atentas e viajarmos para dentro de nós mesmas, até às nossas profundezas (é preciso ter coragem, não é uma viagem fácil) e aceitarmos para nós os nossos aspectos mais obscuros, os abraçarmos e os integrarmos, encontramos a nossa verdadeira essência.
A Luz e a Sombra são dois aspectos de um todo... se não aceitarmos ambos permanecemos estagnadas e incompletas.
A Sereia, tal como Lilith, apresenta-se na forma de uma mulher linda e perfeita (com excepção da cauda de peixe). Tal como a deusa na forma de serpente, metade do corpo da sereia é coberto de escamas que tanto reflectem o sol como a lua... e ambas inspiram o mistério, o oculto, o enigmático.
Igualmente sedutora, a sua visão é capaz de arrancar suspiros e o seu canto tem o poder de enfeitiçar qualquer humano que se cruze no seu caminh e raptá-lo para as profundezas, para o abismo.
Bela e terrivel, serena e enfeitiçante, frágil e poderosa, apaixonante e vingativa são os aspectos que a Sereia divide com a Deusa Lilith... e a àgua dos lagos, rios ou mares em que ambas se movem, simbolizam no fundo as profundezas das Àguas da Vida, a Fonte da Criação.
Belas, terríficas e poderosas são todas as Mulheres que em dada altura das suas vidas integram em si a sua outra face e se tornam completas.

~ Isis de Sirius

Créditos de Imagem: The Gipsy Medina, de David Delamare