" Leve é o Corpo que se solta, Livre é a Alma que se entrega ao Amor.... Segue O que se ergue no Horizonte!"

- Grande Mãe, recebida por Ísis de Sírius

31 dezembro, 2011






Esta manhã enquanto meditava, o meu pensamento foi para o tão esperado, temido e falado 2012... pensei em todas as Mulheres do Mundo, principalmente aquelas que sofrem os grilhões deste mundo governado por homens, aquelas mulheres que ninguém vê... de quem ninguém fala e de quem ninguém se interessa... 


A Mulher que chora em silêncio, que grita na solidão mais obscura e torturante naqueles países que a amaldiçoam... a mulher cuja alma é dilacerada por não poder alimentar os filhos... a mulher que é silênciada por "donos" e algozes que se apropriaram dela, como se uma ferramenta fosse... e que decidem o seu destino conforme lhes apetece.


Será que 2012 fará a diferença na liberdade dessas mulheres?


Confesso que por momentos amaldiçoei o "Homem"... há dias que acordo assim. 


Mas hoje surgiu-me de um modo perturbador, pelo Amor com que me tocou a Alma... uma visão, uma idéia, o que queiram chamar, na forma de uma Mulher ou Deusa, de manto dourado e com um Coração em chamas no centro do peito. E ela falou-me sem articular os lábios... daquela forma que nos atravessa o coração e ela disse-me:


"A Verdade Absoluta é que Todos os Homens nascem da Mulher... e o papel do Homem agora é o de sustentar a Energia Feminina, para que a Mulher possa fazer o seu Próprio Resgate e para que o Mundo encontre finalmente, o Equlíbrio."


E eu, no fundo do meu Coração desejo que Assim Seja... e que o Equilíbrio se faça e seja mantido e que possa curar as feridas da Mulher, e que cada Uma possa reencontrar a Deusa em Si.

28 dezembro, 2011


Senhora,
neste mundo eu sou todas as mulheres
que neste planeta sofrem há milénios.
Sou a vagabunda, a prostituta, a estrangeira e a louca,
sou a inválida, a doente, a desgraçada e a hetaira.
A mulher abandonada, por todos desprezada!
Todas as mulheres perseguidas
e queimadas nas fogueiras da Inquisição!
Que eu não esqueço...
E no início deste novo século ajoelho-me e peço-Te,
em nome das mulheres do mundo inteiro
que choram e rezam,
que nos libertes da canga secular
dos sacerdotes que usurparam os nossos direitos
em nome dos seus deuses de guerra.


Vieram com a espada, destruíram civilizações pacíficas,
violaram a filha e mataram a mulher indefesa,
destruíram o teu culto na origem-deusa-mãe!
Vergaram-nos com o peso do pecado
e de um mal que eles inventaram
para nos dividir e melhor repartir entre eles...


Senhora dos Oráculos,
dá-me a tua visão de Paz e de Amor,
ouve a minha prece,
vem a este Mundo e impera!
Ó vem e salva a terra, os animais e as plantas
e a nós, mulheres, desta barbárie!






- Rosa Leonor Pedro "Antes do Verbo era o Útero" ♥♥♥ 







17 dezembro, 2011

Arqétipo do Lobo na Mulher Selvagem



"Os lobos saudáveis e as mulheres saudáveis têm certas características
psíquicas em comum: percepção aguçada, espírito brincalhão e uma elevada
capacidade para a devoção. Os lobos e as mulheres são gregários por natureza,
curiosos, dotados de grande resistência e força. São profundamente intuitivos e têm
grande preocupação para com seus filhotes, seu parceiro e sua matilha. Tem
experiência em se adaptar a circunstâncias em constante mutação. Têm uma
determinação feroz e extrema coragem.





No entanto, as duas espécies foram perseguidas e acossadas, sendo-lhes
falsamente atribuído o fato de serem trapaceiros e vorazes, excessivamente agressivos e
de terem menor valor do que seus detratores. Foram
alvo daqueles que prefeririam arrasar as matas virgens bem como os arredores
selvagens da psique, erradicando o que fosse instintivo, sem deixar que dele restasse
nenhum sinal. A atividade predatória contra os lobos e contra as mulheres por parte
daqueles que não os compreendem é de uma semelhança surpreendente."



- CLARISSA PINKOLA ESTES
MULHERES QUE CORREM COM OS LOBOS
Mitos e histórias
do arquétipo da mulher selvagem



Ohhh... Oceano da Vida, leva-me num lãnguido Abraço
Cada vez mais fundo... mais ...fundo em profundidade,
Até que a Mãe Terra me recolha no seu terno regaço...
E guarde o meu Cardíaco em Amor... até à Eternidade!

Como se de uma eterna Criança, eu me tratasse...
Guarda o meu Espírito durante esta longa Caminhada!

Como se de uma Filha rebelde e obstinada, eu fosse...
Perdoa-me e Recebe-Me de volta... finalmente, em Casa!

16 dezembro, 2011

Minha Grande Mãe!



A Tua Arte, Senhora, veio à luz.

Quem poderá escapar ao Teu Poder?

A Tua forma é um eterno Mistério;

A Tua Presença paira

Sobre as terras quentes.

Os mares te obedecem,

As tempestades  acalmam.

A Tua vontade detém o dilúvio.





E Eu, tua pequena criatura,
Faço a saudação:
Minha Grande Rainha,
Minha Grande Mãe!

Fonte desconhecida

Honrando a Mãe Terra



Abençoado seja o Filho(a) da Luz que conhece sua Mãe Terra

Pois é Ela a doadora da vida

Saibas que a Tua Mãe Terra está em ti e tu estás Nela

Foi Ela quem te gerou e que te deu a vida

E te deu este corpo que um dia tu lhe devolverás

Saibas que o sangue que corre nas tuas veias

Nasceu do sangue da tua Mãe Terra

O sangue Dela cai das nuvens, jorra do Seu ventre


Borbulha nos riachos das montanhas

Flui abundantemente nos rios das planícies

Saibas que o ar que respiras nasce da respiração da tua Mãe Terra

O alento Dela é o azul celeste das alturas do céu

E os sussurros das folhas da floresta

Saibas que a dureza dos teus ossos foi criada dos ossos de tua Mãe Terra

Saibas que a maciez da tua carne nasceu da carne de tua Mãe Terra

A luz dos teus olhos, o alcance dos teus ouvidos

Nasceram das cores e dos sons da tua Mãe Terra

Que te rodeiam feito às ondas do mar cercando o peixinho

Como o ar tremelicante sustenta o pássaro

Em verdade te digo, tu és um com tua Mãe Terra

Ela está em ti e tu estás Nela

Dela tu nasceste,


Nela tu vives e para Ela voltarás novamente

Segue portanto as suas leis

Pois teu alento é o alento Dela

Teu sangue, o sangue Dela

Teus ossos, os ossos Dela

Tua carne, a carne Dela

Teus olhos e teus ouvidos são Dela também

Aquele que encontra a paz na sua Mãe Terra,

Não morrerá jamais.

Conhece esta paz na tua mente,

Deseja esta paz ao teu coração

Realiza esta paz com o teu corpo.




Evangelho dos Essênios



14 dezembro, 2011

A Deusa Inanna


Existe um planeta artificial chamado  Nibiru na antiga Suméria. Ao longo do tempo, este astro tem sido chamado de inúmeras maneiras, como Planeta X, Hercólubos, O Destruidor (no Antigo Egito), Absinto (na Bíblia), Planeta Intruso, Planeta Chupão, Dragão Vermelho, etc.

Este planeta é habitado por uma raça humanóide guerreira, que iremos chamar de nibiruanos. Nibiru tem uma órbita bastante elíptica, demorando 3.600 anos terrestres para percorrê-la (igual a um ano nibiruano). Na sua maior aproximação do nosso Sol, ele passa entre as órbitas de Marte e Júpiter, com uma trajetória quase perpendicular ao nosso plano da eclíptica, vindo por baixo desse plano. No seu maior afastamento do nosso Sol, Nibiru fica na região da constelação das Plêiades. Os nibiruanos têm, devido a esse fato, a cor da pele na tonalidade azul claro [1], como todos os pleiadianos, e uma altura de 2 a 4 metros. Os deuses hindus são representados nesta cor, por serem extraterrestres provenientes deste corpo celeste. A expressão "sangue azul", também dada às pessoas vinculadas hereditariamente às monarquias do planeta Terra (iniciadas pelos "deuses" nibiruanos), também tem origem nessa característica da pele dos pleiadianos nibiruanos.

Há cerca de 500.000 anos, os nibiruanos chegaram à Terra à procura de ouro, para ser espalhado na atmosfera de Nibiru, que tinha sido muito degradada devido a muitas guerras entre eles próprios. Quando aqui chegaram, eles encontraram muitos seres já vivendo aqui, como o humanóide Homo Erectus, o Povo do Dragão e o Povo da Serpente. Os povos do Dragão e da Serpente já haviam cavado milhares de quilômetros de túneis subterrâneos na crosta terrestre, por essa ocasião (hoje tem muito mais).

Para terem escravos para trabalhar nas suas minas subterrâneas de ouro, os nibiruanos usaram a raça Homo Erectus, fizeram uma manipulação genética (misturando com material biológico deles próprios) e criaram o Homo Sapiens e, conseqüentemente, o que é chamado de "elo perdido" na atualidade (pois houve, de fato, um salto de uma espécie para outra, sem passar pelas etapas intermediárias, necessárias pela teoria da evolução de Darwin). O Homo Sapiens passou a ser chamado de Lulu, pelos nibiruanos. Posteriormente, os lulus passaram a chamar os nibiruanos de Anunnaki ("aqueles que desceram do céu para a Terra"). Portanto, anunnaki são os nibiruanos que vieram morar na superfície externa da Terra.

Há cerca de 500.000 anos atrás, o regente de Nibiru era Anu. Nessa ocasião ele veio à Terra e teve um filho com a princesa terrestre do Povo do Dragão chamada Vão.

O nome desse filho é Enki (significa "Senhor da Terra"). Com uma outra concubina, Anu teve uma filha chamada Ninhursag (também chamada Ninmah). O rei Anu casou com a sua meia-irmã Antu e teve um filho chamado Enlil (significa "Senhor do Comando"). Enlil, por ser filho de pais regentes irmãos, tem a preferência na sucessão de Anu em Nibiru, quando comparado com o primogênito Enki. Isto tem gerado antagonismos entres Enlil e Enki, ao longo da história, e entre os seus descendentes, os enlilitas (descendentes de Enlil) e os enkitas (descendentes de Enki). Para gerar um descendente com preferência à sua própria sucessão, Enlil teve um filho com a sua meia-irmã Ninhursag, chamado Ninurta. Posteriormente, Ninurta casou com Gula. Com outra mulher, Enlil teve o filho Nannar, que casou com Ningal. Nannar e Ningal tiveram, na Terra, um casal de gêmeos: Inanna (menina) e Utu (menino). Nannar teve também uma filha, com uma mulher serpente (associado à kundalini), chamada Ereshkigal. Posteriormente, daremos mais informações sobre a enlilita Inanna (Enlil é o avô dela).

(1)


Enki, por ser filho de um nibiruano e uma mulher dragão, tem cauda e orelhas pontudas. Ele teve muitos filhos. Com a nibiruana Ninki ele deu origem ao primeiro Lulu (Homo Sapiens), para ir trabalhar como escravo nas minas de ouro. Um descendente lulu famoso foi Noé, que se salvou do Dilúvio em um submarino, com a ajuda de Enki (e contra as ordens de Enlil). Com a descendente de Enlil, chamada Ereshkigal, Enki teve um filho chamado Ningishzidda (Thoth, no Egito). Com outras mulheres, Enki teve o filho Marduk (que casou com Sarpanit) - conhecido como Ra, no Egito - e o filho Nergal (que casou com Ereshkigal). Inicialmente, Enki era conhecido como Ea (significa "Ele cujo lar é a água"). A Ea foi dado, por Anu, o domínio sobre os mares e as águas. Posteriormente, ele ficou conhecido como Poseidon, pelos gregos, e como Netuno, pelos romanos.

Inanna, venerada como uma deusa (do amor e da guerra) pelos lulus, ficou conhecida, também, por muitos outros nomes, como Ishtar (na Babilônia), Vênus (pelos romanos), Hator (no Antigo Egito), Afrodite (pelos gregos), Lakshmi, Rhiannon, etc. Ela foi responsável pela construção de inúmeros Templos do Amor, muitos deles na Índia. Ela teve a ajuda de Maia e de Tara (da Raça Serpente - com pele verde clara - conhecida na Índia como os Nagas). Tara era casada com Matali, que foi piloto da nave de Enki.



(1)A estatueta de 17 cm de altura, foi encontrado num túmulo. Outras estatuetas semelhantes "de cabeça de cobra" foram encontrados em sepulturas em Ur, Uruk (Warka), casa de Inanna, e Eridu. Um deles é do sexo masculino e alguns seguram um bebê "cobra".
 A associação com animais - cobras e lagartos- sugere um significado místico ou espiritual, provavelmente sobre crenças pós-vida e fecundidade. Cobras no mundo antigo são frequentemente associados com deusas e da fertilidade.(continua...)

Fonte: www.universodeluz.net

07 dezembro, 2011

Estrelas em mim






Fecho os olhos por um breve instante...
Sinto na pele a brisa da noite... ténue;
Qual presença cálida e distante
Que me fascina, e é dona de mim.


Na noite cerrada, lua que encanta
Enquanto abraço essa presença na bruma,
Que me arrebata a alma... e que canta
Enquanto as estrelas caiem em mim.



E me transportam pelo céu estrelado,
Firmamento negro e prateado.
Que me exaure a vontade!


Atraindo-me encantatoriamente para a bruma,
Enquanto estrelas caiem em mim,
E nas tuas mãos, Senhora... me entrego por fim!





(susana duarte, Agosto 1998)

"MANIFESTO DA TERRA - MÃE" - A CARTA DO ÍNDIO CHEFE SEATTLE




"Como podeis comprar ou vender o céu, o calor da terra?
A ideia não tem sentido para nós. Se não somos donos da frescura do ar ou o brilho das águas, como podeis querer comprá-los? Qualquer parte desta terra é sagrada para meu povo. Qualquer folha de pinheiro, cada grão de areia nas praias, a neblina nos bosques sombrios, cada monte e até o zumbido do insecto, tudo é sagrado na memória e no passado do meu povo.
A seiva que percorre o interior das árvores leva em si as memórias do homem vermelho.
Os mortos do homem branco esquecem a terra onde nasceram, quando empreendem as suas viagens entre as estrelas; ao contrário os nossos mortos jamais esquecem esta terra maravilhosa, pois ela é a mãe do homem vermelho.
Somos parte da terra e ela é parte de nós.
As flores perfumadas são nossas irmãs, os veados, os cavalos a majestosa águia, todos nossos irmãos.
Os picos rochosos, a fragrância dos bosques, o calor do corpo do cavalo e do homem, todos pertencem à mesma família.

Assim, quando o grande chefe em Washington envia a mensagem manifestando o desejo de comprar as nossas terras, está a pedir demasiado de nós.

O grande Chefe manda dizer ainda que nos reservará um sítio onde possamos viver confortavelmente uns com os outros. Ele será então nosso pai e nós seremos seus filhos. Se assim é, vamos considerar a sua proposta sobre a compra de nossa terra. Isto não é fácil, já que esta terra é sagrada para nós.
A límpida água que corre nos ribeiros e nos rios não é apenas água, mas o sangue de nossos antepassados.
Se lhes vendermos a terra, recordar-se-á e lembrará aos vossos filhos que ela é sagrada, e que cada reflexo nas claras aguas evoca eventos e fases da vida do meu povo.
O murmúrio das águas é a voz do pai do meu pai.
Os rios são nossos irmãos, e saciam a nossa sede. Levam as nossas canoas e alimentam os nossos filhos.
Se lhes vendermos a terra, deveis lembrar e ensinar aos vossos filhos que os rios são nossos irmãos, e também o são deles, e deveis a partir de então dispensar aos rios o mesmo tratamento e afecto que dispensais a um irmão.

Nós sabemos que o homem branco não entende o nosso modo de ser. Ele não sabe distinguir um pedaço de terra de outro qualquer, pois é um estranho que vem de noite e rouba da terra tudo de que precisa. A terra não é sua irmã, mas sua inimiga, depois de vencida e conquistada, ele vai embora, à procura de outro lugar. Deixa atrás de si a sepultura de seus pais e não se importa. A cova de seus pais é a herança de seus filhos, ele os esquece. Trata a sua mãe, a terra, e seu irmão, o céu, como coisas que se compram, como se fossem peles de carneiro ou brilhantes contas sem valor. O seu apetite vai exaurir a terra, deixando atrás de si só desertos.
E isso eu não compreendo. O nosso modo de ser é completamente diferente do vosso.
A visão de vossas cidades faz doer os olhos do homem vermelho. Talvez seja porque o homem vermelho é um selvagem e não compreende...

Nas cidades do homem branco não há um só lugar onde haja silêncio, paz.
Um só lugar onde ouvir o desabrochar das folhas na primavera, o zunir das asas de um insecto.

Talvez seja porque sou um selvagem e não possa compreender.
O vosso ruído insulta os nossos ouvidos. Que vida é essa onde o homem não pode ouvir o pio solitário da coruja ou o coaxar das rãs nas margens dos charcos e ribeiros ao cair da noite?
O índio prefere o suave sussurrar do vento esfolando a superfície das águas do lago, ou a fragrância da brisa, purificada pela chuva do meio dia e aromatizada pelo perfume dos pinhais.
O ar é inestimável para o homem vermelho, pois dele todos se alimentam. Os animais, as árvores, o homem, todos respiram o mesmo ar.
O homem branco parece não se importar com o ar que respira. Como um cadáver em decomposição, ele é insensível ao mau cheiro.

Mas se vos vendermos nossa terra, deveis recordar que o ar é precioso para nós, que o ar insufla seu espírito em todas as coisas que dele vivem.
O vento que deu aos nossos avós o primeiro sopro de vida é o mesmo que lhes recebe o último suspiro.

Se vendermos nossa terra a vós, deveis conservá-la à parte, como sagrada, como um lugar onde mesmo um homem branco possa ir saborear a brisa aromatizada pelas flores dos bosques. Por tudo isto consideraremos a vossa proposta de comprar nossa terra.

Se nos decidirmos a aceitá-la, eu porei uma condição: O homem branco terá que tratar os animais desta terra como se fossem seus irmãos.

Sou um selvagem e não compreendo outro modo de vida. Tenho visto milhares de bisontes apodrecendo nas pradarias, mortos a tiro pelo homem branco de um comboio em andamento.
Sou um selvagem e não compreendo como o fumegante cavalo de ferro possa ser mais importante que o bisonte, que nós caçamos apenas para sobreviver.

Que será dos homens sem os animais? Se todos os animais desaparecem, o homem morrerá de solidão espiritual. Porque o que suceder aos animais afectará os homens. Tudo está ligado.

Deveis ensinar a vossos filhos que o solo que pisam são as cinzas de nossos avós. Para que eles respeitem a terra, ensina-lhes que ela é rica pela vida dos seres de todas as espécies.
Ensinai aos vossos filhos o que nós ensinamos aos nossos: Que a terra é a nossa mãe. Quando o homem cospe sobre a terra, cospe sobre si mesmo.

De uma coisa nós temos certeza: A terra não pertence ao homem branco; o homem branco é que pertence à terra.

Disso nós temos a certeza. Todas as coisas estão relacionadas como o sangue que une uma família. Tudo está associado. O que fere a terra fere também aos filhos da terra.

O homem não tece a teia da vida: é antes um dos seus fios. O que quer que faça a essa teia, faz a si próprio. Nem mesmo o homem branco, cujo Deus passeia e fala com ele como um amigo, não pode fugir a esse destino comum. Por fim talvez, e apesar de tudo, sejamos irmãos. Uma coisa sabemos, e que talvez o homem branco venha a descobrir um dia: o nosso Deus é o mesmo Deus. Hoje pensais que Ele é só vosso, tal como desejais possuir a terra, mas não podeis. Ele é o Deus do homem e sua compaixão é igual tanto para o homem branco, quanto para o homem vermelho. Esta terra tem um valor inestimável para Ele, e ofender a terra é insultar o seu Criador.
Também os brancos acabarão um dia talvez mais cedo do que todas as outras tribos.

Contaminai os vossos rios e uma noite morrerão afogados nos vossos resíduos.
Contudo, caminhareis para a vossa destruição, iluminados pela força do Deus que vos trouxe a esta terra e por algum desígnio especial vos deu o domínio sobre ela e sobre o homem vermelho.

Este destino é um mistério para nós, pois não compreendemos como será no dia em que o último bisonte for dizimado, os cavalos selvagens domesticados, os secretos recantos das florestas invadidos pelo odor do suor de muitos homens e a visão das brilhantes colinas bloqueada por fios falantes.

Onde está o matagal? Desapareceu.

Onde está a águia? Desapareceu.

Termina a vida começa a sobrevivência."

04 dezembro, 2011

Invocação à Grande Mãe

                                                    
A Tua Arte, Senhora, veio à luz.
Quem poderá escapar ao Teu Poder?
A tua forma é um eterno mistério;
A Tua presença paira
Sobre as terras quentes.
... Os mares te obedecem,
As tempestades se acalmam.
A Tua vontade detém o dilúvio.
E Eu, tua pequena criatura,
Faço a saudação:

Minha Grande Rainha,
Minha Grande Mãe!