Vens das Profundezas...
Lentamente.
A tua pele nua e escura brilha
Sob a Luz ténue das velas.
Os teus olhos são como faróis
Duas fontes de Luz dourada e intensa
Que aprisionam o meu olhar.
Deslizas pela laje fria,
E sibilas na minha direcção.
Permaneço extática... extasiada
Prendo a respiração,
Não ouso suspirar...
Para não quebrar o encantamento.
O Ar abafado
Faz-me suar.
Mas não me movo
Nem quando me tocas,
quando deslizas sobre a minha pele.
Os anéis do teu corpo
enrolados no meu ventre,
Não aprisionam... aconchegam.
A tua energia fria e escura,
não amedronta... reconforta.
Enquanto te moves sobre mim,
os teus olhos avaliadores e sábios,
prescrutam os meus!
A tua Força que me exaure por dentro,
e que me faz vacilar... que me entorpece as pernas...
Fortalece o meu Coração,
e dá ritmo à minha respiração!
E a tua língua sussurra-me ao ouvido
Palavras Antigas de Poder...
Fecho os olhos delirantes,
para não me perder nesse momento...
Enquanto Te escuto extasiada.
E depois, tal como me arrebataste...
os teus anéis desenlaçam-se cuidadosamente,
E abandonas-me nua, na laje fria.
Na Noite Escura, sob o feitiço da Lua.
E quando acordo, o dessassossego recomeça...
E o desejo de não acordar, toma conta de mim.
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